Imperialism: Hands Off Venezuela!
Imperialism: Hands Off Venezuela!
Trump picks up where Bush and Obama left off training the guns of imperialism on the populist leaders of Chavism in Venezuela. While giving no political support to the Maduro popular front government and its fake “21st Century Socialism,” which is just a cover maintaining capitalism in the face of social misery and unrest, The Communist Workers Group opposes US intervention, sanctions, covert and overt plots and sabotage against the Venezuelan state and masses. In the USA we advocate a labor led anti-war movement that breaks the confines of Taft-Hartley and initiates solidarity strike actions to stop the movement of war materials and the troops Trump is threatening to deploy. We call on workers to build a revolutionary workers international party that coordinates the international struggle against imperialism and for world socialism.
The following is an English translation (along with the original Portuguese) from our comrades of the Revolutionary Workers Group of Brazil (RWG-BR) of Brazil. The organizations, parties and individuals mentioned in the article are summarized in the footnotes (9).
Por uma saída independente e revolucionária na Venezuela
For an independent and revolutionary exit in Venezuela
A Venezuela hoje é com certeza um dos países mais atingido pela atual crise global do capitalismo. Os trabalhadores e o povo venezuelano estão caindo na miséria rapidamente. A inflação passa dos 900%, não há acesso a comida e outras condições básicas de vida como assistência a saúde. Diante da maior crise capitalista da história, o Socialismo do século XXI se mostra uma verdadeira farsa que de socialismo não tem nada.
Venezuela today is certainly one of the countries most affected by the current global crisis of capitalism. The workers and the Venezuelan people are falling into misery quickly. Inflation exceeds 900%, there is no access to food and other basic living conditions such as health care. Faced with the greatest capitalist crisis in history, “twenty-first century socialism” is shown to be a true farce that has nothing to do with socialism.
O chavismo subiu ao poder em 1999, e apesar da retórica de “socialismo”, se apoiou na economia capitalista de venda de commodities, notadamente o petróleo, que durante o boom econômico no mercado internacional alcançou preços altíssimos. A renda do petróleo possibilitou ao chavismo uma gama de políticas compensatórias de assistência ao povo mais pobre. Do mesmo boom de venda de commodities, especialmente para a China, se beneficiaram governos populistas e frente populares na América Latina como Lula no Brasil e os Kirchners na Argentina. O estouro da crise global do capitalismo em 2008 levou ao fim a política de medidas compensatórias e a grandes crises desses governos.
Chavismo came to power in 1999, and despite the rhetoric of “socialism”, relied on the capitalist economy of selling commodities, notably oil, which reached high prices during the economic boom in the international market. The oil income enabled Chavismo to subsidize a range of compensatory policies to assist the poorest people. From the same boom in commodity sales, especially to China, populist and grassroots governments in Latin America such as Lula in Brazil and the Kirchners in Argentina have benefited. The resurgence of the global crisis of capitalism in 2008 brought to an end the policy of compensatory measures and brought on major crises of these governments.
O governo chavista tem apoio de grande parte da esquerda. A esquerda reformista sempre apoiou o “socialismo do século XXI” como uma via pacífica, e por dentro do regime democrático burguês, para o socialismo. Um dos principais motivos de defesa do chavismo é que esse seria “antiimperialista”. Apesar de nunca ter deixado de vender petróleo para o imperialismo americano, pagar a dívida externa e deixar as multinacionais operarem no país, o governo venezuelano desafia os EUA e sofreu inclusive uma tentativa de golpe em 2002. Mas longe de ser “antiimperialista”, apesar do chavismo cortar laços com o imperialismo americano, estreita cada vez mais suas relações com os imperialismos chinês e russo. (1)
The Chavez government has wide support from the left. The reformist left always supported “21st century socialism” as a peaceful road to socialism within the bourgeois democratic regime. One of the main excuses for Chavism’s defenders is that it would be “anti-imperialist.” Although it has never stopped selling oil to US imperialism, paying off foreign debt and letting multinationals operate in the country, the Venezuelan government defies the US and even suffered a coup attempt in 2002. But far from being “anti-imperialist,” despite Chavismo cutting some ties with American imperialism, it increasingly tightens its relations with Chinese and Russian imperialisms. (1)
Diante do agravamento da crise econômica, política e social na Venezuela, correntes que até então se colocavam na oposição de esquerda ao chavismo, hoje defendem o governo como o “mal menor” em relação a oposição de direita ligada a MUD( Mesa de Unidade Nacional), como o MAIS (Movimento por uma Alternativa independente e Socialista) defende em seu artigo (2). No Brasil, apesar de Lula e o PT não manterem uma retórica “antimperialista” como a de Chaves e Maduro, grande parte da esquerda defende o governos do PT como “menos ligado ao imperialismo”, várias organizações e militantes que se diziam oposição ao governo de Frente Popular, como o PSOL, diante da crise e do crescimento da direita, não possuem política independente e agem como linha auxiliar do PT. O MAIS, após romper com o PSTU, também fez essa guinada no Brasil, mais uma organização que se dizia oposição de esquerda ao PT, agora defendendo a frente popular contra o “golpe” da direita. Como dissemos durante a crise do governo Dilma (3), o governo do PT e a Frente Popular não é o “mal menor”. A FP amarra os trabalhadores a burguesia, desmobiliza e desmoraliza a classe trabalhadora e abre caminho para direita e o fascismo.
Faced with the aggravation of the economic, political and social crisis in Venezuela, currents that previously were in the opposition to the left of Chavismo today defend the government as the “lesser evil” in relation to the right opposition linked to MUD (Table of National Unity ), like the MAIS (Movement for an Independent and Socialist Alternative) argues in their article (2). In Brazil, although Lula and the PT do not maintain an “anti-imperialist” rhetoric such as that of Chavez and Maduro, much of the left defends PT governments as “less connected to imperialism”; several organizations and militants who said they opposed the Popular Front government, like the PSOL, before the crisis and the growth of the right, do not have an independent policy and act as an auxiliary ballot line of the PT. MAIS, after breaking with the PSTU, also made this turn in Brazil, another organization that called itself left opposition to the PT, is now defending the popular front against the “coup” of the right. As we said during the crisis of the Dilma government (3), the PT government and the Popular Front are not the “lesser evil.” The Popular Front ties the workers to the bourgeoisie, demobilizes and demoralizes the working class and opens the way to the right and fascism.
Venezuela independente?
Independent Venezuela?
Um dos argumentos do MAIS/Valério para defender o governo Maduro, o que gerou uma polemica com a LIT/PSTU, é de que o chavismo seria “relativamente independente” do imperialismo. Citando Moreno e as Teses do II Congresso da LIT, o MAIS responde ao PSTU afirmando que “Existem países, politicamente, independentes, como evidenciado pelo fato de que o imperialismo os ataca. Se eles fossem dependentes os EUA não iniciariam, obviamente, campanhas de agressão, como as sofridas pela Líbia, Angola, Nicarágua, etc.” (4).
One of the arguments of MAIS / Valério to defend the Maduro government, which generated a polemic with the LIT / PSTU, is that Chavismo would be “relatively independent” from imperialism. Quoting Nahuel Moreno and the Theses of the Second Congress of the LIT, MAIS responds to the PSTU stating that “There are countries, politically, independent, as evidenced by the fact that imperialism attacks them. If they were dependent, the US would not obviously initiate aggression campaigns, such as those suffered by Libya, Angola, Nicaragua, etc. ” (4).
Em sua resposta o PSTU concorda com a categoria de “paises independentes”,porém, estes já não existiriam mais e seriam agora semi-colonias: “Nesses artigos, Valerio faz uma observação metodológica: a definição de “país independente” (utilizada por Nahuel Moreno na década de 1980) é uma “categoria em construção”, isto é, em debate e em processo de elaboração. Concordamos com ele.”porém, faz uma ressalva “Mas queremos, sim, referir-nos a uma comprovação empírica: essa categoria de “países independentes” está em extinção (se é que já não se extinguiu).”… “Por isso, aqueles “países independentes” que Moreno havia definido (Argélia, Líbia, Angola etc.) hoje já são semicolônias. Os ex-Estados operários já entram nessa categoria ou estão em vias de sê-lo (como Cuba e China).”(5).
In their reply, the PSTU agrees with the category of “independent countries”, however, these would no longer exist and would now be semi-colonies: “In these articles, Valerio makes a methodological observation: the definition of “independent country”(used by Nahuel Moreno in the 1980s) is a “category under construction”, that is, in debate and in the process of elaboration. “But we do want to refer to an empirical evidence: this category of” independent countries “is in extinction (if not extinguished).” … “Therefore, those “independent countries” that Moreno had defined (Algeria, Libya, Angola, etc.) today are already semi-colonies. The former workers’ states already fall into this category or are in the process of becoming so (like Cuba and China).” (5).
A LIT/PSTU, ao contrário do MAIS, diz que é necessário lutar contra Maduro, porém, citando a declaração de sua seção na Venezuela, mostra que a saída é por dentro do regime democrático burguês e “eleicoes já” “Entre outras coisas, propomos: suspensão imediata do pagamento da dívida externa; dinheiro para salários decentes; alimentos, medicamentos, saúde e educação; investimento na recuperação dos campos para produzir alimentos; resgate das empresas básicas; nacionalização de todo o petróleo; fim das empresas mistas; respeito às plenas liberdades democráticas com eleições livres e liberdade aos presos por lutar; investigação de todos os atos de violência e assassinatos; repúdio aos ataques aos sindicatos, partidos e organizações sociais e populares; fim da intervenção estatal nos sindicatos; e eleições já! Por uma greve geral e um ‘venezuelaço’ para derrubar Maduro e mudar o país. Fora Maduro e seu governo de fome e miséria!” (6).
The LIT / PSTU, contrary to the MAIS, says that it is necessary to fight against Maduro, but, citing the declaration of their section in Venezuela, shows that the way out (of the crisis– ed.) is inside the bourgeois democratic regime and “elections already” (slogan–ed.) “Among other things, we propose: immediate suspension of the payment of external debt; money for decent wages; food, medicine, health and education; investment in the recovery of fields to produce food; rescue of basic enterprises; nationalization of all oil; end of mixed enterprises; respect for full democratic freedoms with free elections and freedom for prisoners to struggle; investigation of all acts of violence and murders; repudiation of attacks on trade unions, parties and social and popular organizations; State intervention in trade unions; and elections already! By a general strike and a ‘venezuelaço’ to overthrow Maduro and change the country. It was Maduro and his government of hunger and misery! ” (6).
A teoria de país semi-coloniais “independente” do imperialismo é mais uma das teorias revisionistas e antimarxista dos centristas como a LIT/PSTU e dos oportunistas como o MAIS.
The “independent” semi-colonial country theory of imperialism is yet another of the revisionist and anti-Marxist theories of centrists such as the LIT / PSTU and opportunists such as MAIS.
Vivemos hoje a maior crise do capitalismo que abala fortemente a hegemonia America e acirra a disputa interimperialista entre os blocos dos EUA/UE e China/Rússia. Dissemos que China e Rússia são imperialistas, afirmando as teorias do Imperialismo, de Lenin e a Revolução Permanente, de Trotsky. Na época imperialista o mundo já está dividido entre os países imperialistas. Não existe burguesia “progressiva”, capaz de obter independência do capitalismo. A burguesia não é capaz de desenvolver as forcas produtivas e a fase imperialista é a de decadência do capitalismo, de crises, guerras e revoluções. China e Rússia eram estados operários deformado/degenerado e conseguiram independência do imperialismo através da revolução socialista e expropriação da burguesia. A restauração capitalista não foi capaz de reverter os ganhos adquiridos pela revolução e esses países retornam a esfera capitalista como países imperialistas emergentes.(7)
We are living today the biggest crisis of capitalism that strongly shakes the American hegemony and intensifies the inter-imperialist dispute between the US / EU and China / Russia blocs. We have said that China and Russia are imperialists, affirming Lenin and Trotsky’s theories of Imperialism and Permanent Revolution. In the imperialist era the world is already divided among the imperialist countries. There is no “progressive” bourgeoisie capable of obtaining independence from capitalism. The bourgeoisie is not capable of developing productive forces and the imperialist phase is that of capitalism, of crises, wars and revolutions. China and Russia were deformed / degenerate workers states and achieved independence from imperialism through socialist revolution and expropriation of the bourgeoisie. Capitalist restoration has not been able to reverse all the gains made by the revolution, and these countries return to the capitalist sphere as emerging imperialist countries.
As burguesias nacionalistas árabes da década de 80, assim como o governo burguês chavista, não tem nada de progressivo. Esses países sempre foram semi-colonias e continuam sendo. Devemos defender as semi-colonias das agressões imperialistas, mas nunca dar apoio a setores burgueses. Devemos apoiar as demandas democráticas como reivindicações transitórias para a Revolução Permanente. Na época imperialista, a burguesia não é mais capaz de completar a revolução burguesa, que só pode ser completada como parte da revolução permanente.
The Arab nationalist bourgeoisies of the 1980s, like the bourgeois Chavez government, have nothing progressive to offer. These countries have always been semi-colonies and continue to be. We must defend the semi-colonies from imperialist aggressions, but never give support to bourgeois sectors. We must support democratic demands as transitional demands for the Permanent Revolution. In the imperialist era, the bourgeoisie is no longer able to complete the bourgeois revolution, which can only be completed as part of the permanent revolution.
O regime chavista está sofrendo pressões do imperialismo americano e seus aliados imperialistas China e Rússia não hesitarão em apoiar o regime e toda a sua repressão. Se vier a ruptura do exercito e tentativa de golpe, não podemos apoiar uma “guerra de procuração” entre as potencias imperialistas na Venezuela. (8)
The Chavista regime is under pressure from US imperialism and its imperialist allies. China and Russia will not hesitate to support the regime and all its repression. If there is a break in the army and an attempted coup, we can not support a “proxy war” between the imperialist powers in Venezuela. (8)
Não há saída para a classe trabalhadora e do povo pobre, que sofre com a profunda crise econômica, por dentro do capitalismo e o regime democrático burguês. A saída para a classe trabalhadora que sofre com a fome, desemprego e morre por falta de medicamentos é se organizar de forma independente, com comitês e a greve Geral para a tomada do poder, a expropriação da burguesia e um verdadeiro governo dos trabalhadores. Não é saída para os trabalhadores venezuelanos e latino americanos alianças com o imperialismo, seja o EUA ou China/Rússia. O castro-chavismo é a grande barreira para a independência da classe trabalhadora e luta contra a burguesia e o imperialismo na America Latina (AL).
There is no way out for the working class and the poor people, who suffer from the deep economic crisis, within capitalism and the bourgeois democratic regime. The way out for the working class, which suffers from hunger, unemployment and is now dying for lack of medicines, is to organize itself independently, with committees and the General strike for the seizure of power, the expropriation of the bourgeoisie and a real workers’ government. There is no way out for Venezuelan workers in Latin American alliances with imperialism, be it the US or China / Russia. Castro-Chavism is the great barrier to the independence of the working class and struggle against the bourgeoisie and imperialism in Latin America (LA).
http://puntodecorte.com/exclusiva-rusia-venezuela-discuten-colateral-citgo-evitar-sanciones-eeuu/
2 http://esquerdaonline.com.br/2017/09/07/venezuela-anticapitalismo/
6 https://litci.org/pt/movimento-operario/um-venezuelaco-para-derrubar-maduro/
7 http://redrave.blogspot.com.br/2015/04/russia-china-e-revolucao-permanente.html
8 http://redrave.blogspot.com.br/2017/09/where-is-flti-on-russiachina-in.html
9 Organizations, Parties and Individuals:
Nahuel Moreno (1924-87): Longtime leader of Argentine far-left organizations, such as the 1950’s
SLATO (Latin American Secretariat of Orthodox Trotskyism,) the PST of the ‘60s, ‘70s, the later MAS, etc.
LIT (International Workers League): Morenoites today, post-Moreno.
PSTU (Brazil – United Socialist Workers’ Party): Brazilian organization of the LIT
MAIS (Brazil-Movement for an Independent and Socialist Alternative): split from the PSTU
PT (Brazil-Workers Party): the social democratic party of Lula and Rousseff
PSOL (Brazil-Socialism and Liberty Party): another social democratic party